quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Em tempos de sexo casual

“Então tá combinado, é quase nada. É tudo somente sexo e amizade”... (quando há amizade)
Carrie, Miranda, Samantha e Charlotte se perguntavam se eram putas ou romanticamente incapazes. Hoje em tempos que as mulheres consomem mais produtos de sexo shop que os homens e o sexo passou a ser uma corrida frenética pelo orgasmo perfeito, ninguém mais se pergunta pelo amor (idiotice?), se perguntam quando terão a próxima transa maravilhosa.

Não acredito em amor, mas acredito em romance e quando podemos unir uma transa maravilhosa com aquele clima de romance parece até que o frio na espinha é melhor. Oque tem levado as pessoas a fazerem sexo como maratonistas em busca do orgasmo e do prazer intenso sem ao menos curtir uma brincadeira antes; aquelas preliminares que podem tornar tudo mais gostoso e desejado e aquele "depois" cheio de carinhos e um cigarrinho (ou não).
Onde foi que deixamos os sentimentos se perderem na vida corrida, no nosso egoísmo e na nossa individualidade a ponto de muitas vezes não nos permitir uma história romântica (nem de amor eu falei), mas daquelas coisas meio adolescentes e ridículas de mãos dadas e beijos de língua demorados; onde foi que passamos a achar piegas flores, café da manhã e serenata (3 coisas q nunca tive e hoje aos 36 anos sinto falta).
Um dia eu resolvi na vida que seria uma mulher racional e prática e abri mão do romantismo, da bobeira de se apaixonar e amar; hoje sinto que não fui amada como gostaria e sei que no fundo a culpa é minha, mas será que é tarde? Não quero viver o sonho de amor do Walt Disney (Deus me livre!), mas também não quero viver sem o “frio na barriga”. Será difícil me entender?
Quando a mulher acha o cara que manda flores, que liga pra sempre pra saber como ela está e faz mil declarações de amor, esse cara é “prego”, chato, pegajoso; qdo o cara é meio “cafa” ela já pensa na “pegada” e nos beijos quentes e provavelmente que isso vá terminar em sexo bom, mas esse cara que tem a “pegada” não quer saber de se envolver com ninguém, pq a vida pra ele é um buffet de mulheres sedentas por um bom sexo com cardápio variado a cada noite.
E qual a parcela de nós mulheres nisso tudo? Nós também não queremos (ou fingimos não querer) envolvimento com ninguém, adoramos nossa liberdade e nossas noites não são tão sozinhas, pois muitas temos a companhia de um vibrador. Ppq!! Vibrador não te pega, passa a mão e abraça, não beija gostoso, não faz carinho, não nos chama de linda e gostosa e muito menos pode nos levar ao ápice do prazer; vibrador não te liga no seu aniversário, não te manda flores, não te leva pra ver o por do sol na praia (a maioria dos homens também não), mas o vibrador não tem antes e nem depois. Joguinhos sensuais e visitas a sex shop podem ser interessantes, mas o mais interessante é que tudo pode valer a pena com a pessoa que souber unir o sexo casual, uma pitada generosa de clima romântico, um pouco de conversa, maravilhosos beijos e uma dose caprichada de tesão.

Ter um pouco de Samantha Jones pode ser legal, mas ainda sou adepta da teoria da Carrie, que mesmo quando o sexo é casual tem que ter o algo mais que nos faça sentir “frio na barriga” mais gostoso que montanha russa.